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Genuíno Madruga o Gigante dos sete Mares

Texto de: José Ilídio Ferreira
Fotos de: José Ilídio Ferreira, Margarida Madruga e Miguel Fernandes
Adiaspora.com
06 de Junho de 2009

 

Genuíno Madruga, o velejador Picoense mais famoso do Mundo neste momento e um dos homens mais destemidos que até hoje pisaram a Pátria Lusa, foi recebido no início da tarde do passado dia 6 de Junho, no porto das Lajes do Pico, em apoteose. Depois de sulcar muitas vezes penosamente as 34 mil milhas náuticas que lhe facultaram abordar e atracar a muitos portos, tendo deste modo o nome dos Açores e de Portugal sido inscrito nas páginas de muitos países tais como: Cabo Verde, Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Ilha de Páscoa, Polinésia Francesa, Samoa, Ilhas Fiji, Espírito Santo, Austrália, Timor-Leste, Indonésia, Maurícias e África do Sul. Nesta viagem como na anterior tinha feito, desenvolveu vária actividade cultural como sejam as palestras que proferiu sobre a  autonomia, o turismo, a geografia e o clima dos Açores e o modus vivendi da sua e nossa gente, ordeira e pacífica. Não raro foram as cidades em que recebeu os cumprimentos calorosos de muitos emigrantes açorianos que se encontram povoando e trabalhando por esse Mundo de Deus e inclusivamente foi recebido por diversas personalidades, das quais destacamos o prémio Nobel da Paz e actual Presidente da República de Timor-Leste, Ramos Horta.

À Chegada ao Porto das Lajes

A aproximação à ilha do Pico iniciou-se na madrugada do dia 6 de Junho, depois de dois dias de espera nos bancos de pesca Princesa Alice e Condor onde confraternizou com diversos pescadores, mas após esta espera «forçada», o iate Hemingway foi à entrada das águas de jurisdição da soberania Portuguesa, comboiado pela Corveta António Enes da nossa Armada, dando dignidade e reconhecimento ao Homem do Pico. Após a entrada visual em águas do Triângulo, foram muitas as embarcações, contaram 35, das quais se salientavam os botes baleeiros, muitas embarcações de recreio, muitos vedetas particulares, muitos barcos de pesca, tanto de boca aberta como cabinados, lanchas da baleia, semi-rígidos do Whale Watching  e, «optimists» e «vauriens» do Clube Naval da Horta e do Clube Náutico das Lajes, que deste modo, escoltaram o navegador solitário até ao porto seguro donde havia partido há quase dois anos, mais precisamente há vinte e um mês e 12 dias. Antes porém da chegada às Lajes aconteceu uma curta passagem pelo porto de São João, cerca das 13 horas, sua terra natal, em sinal de agradecimento e reconhecimento pelo apoio que ao longo da viagem recebeu de todos os seus conterrâneos e dali rumou até ao porto das Lajes onde amarrou finalmente na «Ponta do Caneiro» cerca das 14h00. De braços erguidos e vivamente emocionado e quando o filho tomou em suas mãos o cabo da amarração, gritou a plenos pulmões, CHEGUEI!

O iate Hemingway momentos antes de atracar ao cais

Na multidão que o aguardava eram muitas as lágrimas que rolavam pelos rostos, principalmente no de sua esposa Beatriz e dos filhos e neto. Deste modo tinha completado a sua viagem de circum-navegação, o seu sonho tinha sido realizado. No momento da chegada foi entrevistado e agradeceu a presença de todos, entre os quais se contavam os colaboradores, os apoiantes e os da comissão de honra. Após a entrevista concedida ao nosso colega David Borges e depois de colocar o pé em terra firme, abraçou a mulher, os dois filhos e o neto. Genuíno Madruga, visivelmente emocionado, apelou a todos para que: “não desistam de lutar pelos vossos sonhos, como eu não desisti de lutar pelo meu”. O destaque especial por ele mencionado foi a quando da segunda passagem do Cabo da Boa Esperança, a 5 de Fevereiro de 2009 e na passagem do Oceano Atlântico para o Pacífico, às 9h45m do dia 24 de Janeiro de 2008, através do temido Cabo Horn, em vez de passar pelo Canal do Panamá. Genuíno Madruga tornou-se assim no primeiro português e no décimo velejador em todo o mundo a  conseguir passar o Cabo Horn, como navegador solitário. A passagem do Cabo Horn é motivo de enorme orgulho para Genuíno que considera o feito como a “marca da vida”.

Genuino Madruga saudando os que o esperavam no Caneiro

Apesar da satisfação, o velejador não esquecerá jamais os momentos difíceis que teve que enfrentar, acentuando inclusivamente que viu coisas que “não mais quero voltar a ver”. Outro episódio foi a passagem pela peculiar Capela Stella Maris, um local que testemunha muitas desgraças mas também muitas façanhas, com destaque especial para a visita ao farol de Horn, onde deixou uma bandeira dos Açores para assinalar a visita àquelas terras de um Português nascido nos Açores. Os desaires sofridos na última etapa da viagem foram abordados pelo velejador que, a 10 de Maio de 2009, viu um tornado partir o mastro do Hemingway quando já contava os dias para chegar a casa. O acidente obrigou-o a improvisar um mastro com a retranca e com uma vela (genoa), mas com engenho e arte conseguiu colocar o Hemingway a navegar embora com velocidade reduzida quando se encontrava precisamente a 2.000 milhas náuticas dos Açores e a 1.000 do Brasil. Após os discursos de boas vindas proferidos à chegada em lugar de destaque em frente ao largo do Museu dos Baleeiros e dos quais tivemos acesso a três deles que aqui reproduzimos na íntegra e da entrevista concedida ao programa Atlântida apresentado por Sidónio Bettencourt, foi homenageado pelos grupos de Escuteiros, pelas filarmónicas do concelho das Lajes e por grupos folclóricos, Genuíno Madruga seguiu viagem ate à sua freguesia berço, São João, para participar numa festa preparada a preceito para receber o herói dos mares.

Para ler os discursos a que tivemos acesso de: Sara Santos, Berta Cabral e João Bosco Mota Amaral, acesse aqui

 

Genuino Madruga é recebido em São João

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As individualidades

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Os Momentos da chegada de Genuino Madruga às Lajes do Pico

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